sábado, 27 de março de 2010

A hora do planeta


Então! Hoje a partir de 20:30h vamos apagar as luzes da nossa casa!

Isso começou em 2007 em Sidney, e rapidamente se espalhou para o mundo inteiro.
Agora todo ano, uma vez, em uma noite um número extraordinário de pessoas que aderiram a causa, apagam as luzes de suas casas por uma hora.

É um gesto simbólico, apagando a luz por 60 minutos, a população vai demonstrar o quanto valoriza nossas florestas em pé, a preservação da vegetação natural e o seu uso sustentável, a saúde dos rios e a qualidade da água, além de mostrar a sua disposição para o combate ao aquecimento global e a favor da adaptação aos seus efeitos.

Outros países produzem energia elétrica a partir de combustíveis fósseis como carvão, gás e diesel, situação muito mais negativa para as mudanças climáticas do que no caso do Brasil, já que temos como principal fonte a produção proveniente de usinas hidrelétricas.Estudos apontam que grandes centrais hidrelétricas em regiões como a Amazônia também provocam grande impacto ambiental e social.

E aí, vai apagar a luz ou não importa?!
Pensa nisso...
Abs

sexta-feira, 26 de março de 2010

Como foi o 6° Encontro ANAMMA






Acompanhei o 6° ANAMMA dia 25 e 26 (quinta e sexta) de março, no SEAERJ. Ao olhar de uma cidadã e bióloga, posso dizer que foi bem produtivo. Não tinha noção que existia tanta verba destinada ao Meio Ambiente.

Pessoalmente, posso dizer que gostei bastante da explanação do Sr. Luiz Firmino (Presidente do INEA) e da conversa que tive com o Sr. Adilson Gil (Superintendente do IBAMA)- na foto comigo inclusive. O Ministro Carlos Minc também não ficou atrás, falou muito bem.

Bom, o FECAM está muito bem, obrigada.
(Para quem não sabe o que é o FECAM: Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano foi criado pela Lei 1060, de 10 de novembro de 1986 – mais tarde alterado pelas leis 2575, de 19 de junho de 1996; 3520, de 27 de dezembro de 2000; e 4143, de 28 de agosto de 2003 –, com o objetivo de atender às necessidades financeiras de projetos e programas ambientais e de desenvolvimento urbano em consonância com o disposto no parágrafo 3º do artigo 263 da Constituição Estadual. Os recursos do Fecam são oriundos, dentre outros, de 5% dos royalties do petróleo, atribuídos ao Estado do Rio de Janeiro, bem como do resultado de multas administrativas aplicadas e condenações judiciais por irregularidade constatadas pelos órgãos fiscalizadores do meio ambiente.)


Informações sobre a descentralização do Licenciamento ambiental foram discutidas e compreendidas; agora os municípios que tiverem pessoal especializado o suficiente para licenciar, poderão faze-lo. Não mais só INEA é o responsável por isso.
Perguntas sobre o ICMS Ecológico também foram feitas, e mais dúvidas esclarecidas, porém ainda existem questões sendo resolvidas. O fato é, quanto mais o município fizer programas ambientais, ou unidades de conservação, enfim... mais verba recebe. É um incentivo né.

Hoje antes do Ministro Carlos Minc chegar, houve uma Mini oficina de capacitação na Resolução 362/2005 CONAMA, mais precisamente sobre óleos lubrificantes usados ou contaminados (também chamado de OLUC). Existe um site, www.programajoguelimpo.com.br , sobre as embalagens desses oléos. Vale a pena dar uma olhada depois!

Recebi no evento, um jornal chamado "Sentinela Ambiental" com informações bem interessantes, quem quiser tem o site também: www.sentinelaambiental.org.br .

Bom, um resumo bastante sucinto dos 2 dias de evento, valeu a pena estar lá.
Aprendizado e informações relacionadas ao Meio Ambiente, principalmente no nosso Estado, nunca é demais, né?!
Abs

quarta-feira, 24 de março de 2010

Entrevista com o Biól.Gustavo Neder




Bom, como hoje a criação de animais silvestres e exóticos está "se popularizando" resolvi entrevistar um amigo e formando em Biologia que tem um imenso carinho por qualquer tipo de animal - principalmente se esse animal for um réptil - para esclarecer algumas dúvidas e curiosidades.

O Gustavo trabalhou comigo, na área de educação ambiental ano passado (2009) num hotel fazenda; ele levava os animais e a gente apresentava todos eles para as crianças, jovens e adultos hospedados no hotel. Era um trabalho bem divertido.

O Guga possui nada mais, nada menos que:
Uma iguana, jibóias, caranguejeira, uns escorpiões, muitos peixes, salamandras e uma tartaruga.
Ufa!

Então a entrevista...

Mônica:Quando começou a paixão por animais exóticos?
Guga:"Eu sempre me interessei por animais! Acho que por ter nascido e sido criado até meus cinco anos em uma fazenda isso proporcionou a mim experiências muito boas. Lembro de ter tratado de muitos animais que eu e meus familiares encontrávamos feridos. Um desses era um gavião carcará (Caracara plancus). Ele foi pego no chão após uma chuva bem forte que arrebentou o ninho onde estava.
E daí em diante não parei."

M:Qual foi o primeiro animal que começou a criar? E agora quantos têm?
G:"Bom, eu comecei com um animal e que não é propriamente exótico. Isso porque ele também é encontrado no Brasil e isso o caracteriza como silvestre. Esse animal foi uma iguana fêmea. Eu a ganhei quando tinha meus 19 anos. Quando eu a recebi ela parecia uma lagartixa de parede! Mas logo se desenvolveu e hoje tem 1,30m e é linda.
Hoje eu devo ter entre todos uns sete."

M:Como sua família reagiu, quando decidiu criá-los?
G:"Isso foi muito engraçado já que, eu sempre tive receio de colocar um animal como uma cobra dentro de casa e meus pais falarem para eu soltar logo em seguida. Mas como passar do tempo eu reparei que não iria encontrar muita resistência pelo meu pai mas sim pela minha mãe. Hoje pensando eu até dou razão a eles por não me deixar ter alguns animais que queria quando era pequeno. Hoje vejo que é uma grande responsabilidade criar um animal, se já ele qual for! Temos que proporcionar o melhor tratamento possível a eles. E sei que quando era pequeno eu acabaria não levando isso a sério."

M:Como você cria todos eles? É difícil mantê-los saudáveis?
G:"Eu os mantenho em terrários e viveiro. Cada um apresenta características especificas para as necessidades de cada espécime, como por exemplo, os recintos dos répteis possuem aquecimento e iluminação UV-A e UV-B natural ou artificial. Tudo para manter uma saúde perfeita dos animas.
A dieta também é bem diferenciada. E para suprir as necessidades eu conto com criação de porquinhos da índia, baratas silvestres, larvas de besouros do amendoim, Daphinias, peixes e uma horta para suprir as necessidades dos herbívoros. Não é difícil mante-los saudáveis. Mas para isso é necessário ter um mínimo de conhecimento sobre cada espécie e até mesmo sobre cada animal e seu comportamento."

M:Já encrencaram alguma vez, por você estar com o animal em algum lugar público?
G:"Sim! Isso é bem freqüente até! Mas tenho reparado com freqüência nas pessoas que encrencam que elas chegam a esse ponto por falta de conhecimento. As vezes por terem um preconceito que foi consolidado dês de quando eram jovens! Isso por que as pessoas mais antigas da roça diziam, por exemplo, que as cobras eram animais maus que chegavam ao ponto de perseguir uma pessoa para mordê-la caso a visse! Assim como algumas espécies de lagartos poderiam matar uma pessoa somente com o olhar.
Isso vem sendo repetido por várias gerações e acaba alimentando a imaginação das pessoas. Pena que muitos ainda acreditam nisso e acabam julgando mal esses lindos animais."

M: E as licenças do IBAMA?
G:"Dentre todos os meus animais apenas as jibóias possuem licença do IBAMA. Os outros chegaram até mim por doações de amigos e parentes ou mesmo adquiridos por mim via negociação com amigos. Infelizmente e mercado de pets silvestres no Brasil é muito fraco! Isso graças ao IBAMA que tenta dificultar e desestimular de várias formas possíveis a criação e comercialização das espécies silvestres Brasileiras. Nos poucos lugares que esses animais são comercializados os preços chegam a ser abusivos. A burocracia enfrentada por quem se interessa a abrir um criatório comercial, ou por quem quer possuir a licença de venda desses animais em sua loja é muito grande. Desta forma eles não fazem nada mais do que aquecer o mercado do tráfico de animais.
Uma coisa não podemos negar, a criação de silvestres como pet vem crescendo a cada ano e quem tem arrecadado a grande parte do lucro gerado por inúmeras negociações não é o governo. Já que a ilegalidade de uma atividade extremamente lucrativa e de importância na conservação de espécies e que poderia ser legal é gerada pelo próprio governo!"

M:Como as pessoas que te encontram, e têm o primeiro contato com o animal, lidam com isso?
G:"Normalmente reagem demonstrando muito medo. Mas isso logo passa quando a pessoa adquiri mais confiança nela mesma e no animal. Eu sempre deixo bem claro para as pessoas que os animais possuem capacidade para desferir uma taque a qualquer momento. Mas que isso só acontecerá se si sentir ameaçado ou for machucado.
Depois de algum tempo todo mundo relaxa passa curtir a presença do animal."

M:As que reagem negativamente, você acha que com mais informações sobre o animal, elas mudariam de opinião?
G: "A grande maioria muda de opinião! Principalmente se for uma adolescente ou criança.
Normalmente as pessoas que reagem negativamente são adultos, mais velhos. Mas isso não é uma regra!!!"

M:E o trabalho de educação ambiental, principalmente com crianças, acha que funciona?
G:"Acho que é com quem mais funciona! A medida em que ficamos velhos nos tornamos um pouco mais teimosos e desconfiados. Isso acaba se tornando um bloqueio em muita gente e as torna irredutível em seus conceitos.
As crianças não! Elas estão completamente abertas! Umas com mais facilidade do que outras. Mas sempre em grande maioria dispostas a abraçarem novas idéias. E isso as torna pequenos disseminadores desse conceito de educação."


Primeiro, agradeço ao Gustavo por participar do Milieu Natuur, sempre me ajudando e como sempre, atencioso.
E à vocês, espero que tenha ajudado a esclarecer dúvidas e acabar com a curiosidade sobre a criação de animais exóticos e silvestres. Répteis pelo menos, né?!

As fotos foram cedidas para o post, pelo Gustavo. (e pra uma delas EU mereço os créditos!!)
Abs

segunda-feira, 22 de março de 2010

Dia Mundial da Água

Aeee!!!
Bom, hoje dia 22 de março é o dia mundial da água, e para "comemorar" esse dia, tenho aqui o texto de um folder que a INFRAERO e a CDN Serviço de Água e Esgoto S.A. estão distribuindo hoje no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão).

Achei legal pois o folder acaba sendo uma forma de educação ambiental, não só para os funcionários do aeroporto, como para a população e viajantes que passam por lá.

"MODIFICANDO O PRESENTE PENSANDO NO FUTURO

A INFRAERO juntamente com a CDN Serviço de Água e Esgoto S.A. assumiram o compromisso de criar fontes alternativas de água no Aeroporto Intarnacional do Rio de Janeiro/Galeão - Antônio Carlos Jobim. O projeto busca o desenvolvimentosustentável, no qual a conservção dos recursos hídricos é prioridade.

O aeroporto do Galeão é o primeiro do Brasil a implementar a tecnologia de reúso de água, que possibilita o tratamento do esgoto, transformando-o em fonte alternativa para utilizações que não requeiram água potável.

Estas ações possibilitaram que uma parcela considerável da água consumida, seja "produzida" no sítio aeroportuário. Atualmente, a redução do consumo de água potável já atingiu a marca de 45%.

Alguns exemplos de fontes alternativas de água são:
- exploração de água subterrânea
- captação e aproveitamento da água da chuva
- reúso de água

O dia mundial da água foi criado pela ONU no dia 22 de março de 1992. Nesse dia, a organização também divulgou um importante documento: a declaração universal dos direitos da água; o qual apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que despertam a consciência ecológica na população e nos governantes para a questão do uso da água.

Dicas para utilização consciente da água

- Não demore no banho
- Feche as torneiras ao escovar os dentes ou enxaguar a louça
- Conserte vazamentos e feche bem as torneiras
- Evite lavar o carro e calçada com mangueira. Use o balde!
- Regue as plantas com um regador
- Coloque cobertura na piscina para diminuir a evaporação
- Use a lava-roupas sempre em sua capacidade total"

Boas dicas!
Não custa relembra-las né?!
Fica dado o recado... Feliz dia da água, usem com RESPONSABILIDADE!
Abs

domingo, 21 de março de 2010

Vende-se


Galera, comprei esse livro ano passado, pois estava pensando em fazer prova para o mestrado de Geografia da UERJ. Mas mudei de idéia, e aqui estou eu, com um livro que não vou aproveitar...

Geografia: Conceitos e Temas
Iná Elias de Castro, Paulo Cesar da Costa Gomes e Roberto Lobato Corrêa
11° edição
Ed. Bertrand Brasil

O livro está intacto.
Se alguém estiver interessado, ou souber de alguém procurando este livro, pode me mandar um email(monicarib.goncalves@gmail.com) ou deixar um coment. aqui!
Abs

sábado, 20 de março de 2010

6° Encontro da ANAMMA - RJ

Recebi por email em cima da hora, mas quem sabe não extenderam as inscrições, né?!

Esse encontro vai rolar na Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro (SEAERJ), no Rio de Janeiro (RJ), Rua do Russel n°1 Glória, nos dias 25 e 26 de março de 2010.

Uma oportunidade única para estar frente a frente com quem pensa e decide a gestão ambiental do Rio de Janeiro.

A inscrição é gratuita, é só mandar um email com seu nome completo, instituição, cargo, telefone e e-mail para anamma@actamarketing.com.br


PROGRAMAÇÃO


DIA 25 de MARÇO (quinta)

8h Credenciamento


8h30 CERIMÔNIA DE ABERTURA

Marilene Ramos – Secretária de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro
Adilson Gil – Superintendente do IBAMA-RJ
Mauro Buarque – Presidente da ANAMMA
Mauricio Lobo – Vice-Presidente da ANAMMA Sudeste
Kátia Perobelli – Presidente da ANAMMA-RJ
Artur Messias – Prefeito de Mesquita e Vice-Presidente da AEMERJ
Carlos Alberto Muniz – Vice-Prefeito e Secretário de Meio Ambiente da Cidade do Rio de Janeiro
Murilo Bustamante – Promotor de Justiça e Coordenador de Meio Ambiente do MPE
Juliana Amorim – Delegada de Proteção ao Meio Ambiente - RJ
Carmem Petraglia – Presidente da SEAERJ



9h Mesa-Redonda O LICENCIAMENTO AMBIENTAL MUNICIPAL E A DESCENTRALIZAÇÃO

Luiz Firmino – Presidente do INEA
Murilo Bustamante – Promotor de Justiça e Coordenador de Meio Ambiente do MPE
Juliana Amorim – Delegada de Proteção ao Meio Ambiente - RJ
Kátia Perobelli – Presidente da ANAMMA-RJ

COORDENAÇÃO: Artur Messias – Prefeito de Mesquita e Vice-Presidente da AEMERJ


11h30 Debate


12h30 Almoço


13h30 Palestra A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS NOS COMITÊS DE BACIA HIDROGRÁFICA

Rosa Formiga – Diretora de Gestão das Águas e do Território do INEA



14h30 Mesa-Redonda TCFA –TAXA DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL

Luiz Firmino – Presidente do INEA
João Eustáquio – Vice-Presidente da ANAMMA-RJ

COORDENAÇÃO: Sheila Valle – ANAMMA-RJ


16h Debate


16h30 Mesa-Redonda POLÍTICA ESTADUAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS – APRESENTAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DA ATUAL SITUAÇÃO DA GESTÃO DE RESÍDUOS NOS MUNICÍPIOS FLUMINENSE

Walter Plácido – Superintendente de Qualidade Ambiental da SEA


18h Debate


18h30 Encerramento



DIA 26 de MARÇO (sexta)

8h30 Mini-Oficina CAPACITAÇÃO PARA APLICAÇÃO DA RESOLUÇÃO CONAMA Nº 362/2005 - “Dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado."

PARTICIPANTES: MMA, ANP, MME, ANAMMA, ABEMA, SINDIRREFINO e APROMAC


12h Palestra de Encerramento com o Ministro do Meio Ambiente Carlos Minc



O evento tem como o objetivo:

• Fortalecer a gestão conjunta das questões ambientais pelos poderes Municipal – Estadual – Federal.

• Mobilizar os gestores municipais e estaduais para o fortalecimento do Conselho Estadual de Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro e demais Conselhos Municipais.

• Atrair novos atores da sociedade para o debate ambiental junto ao poder público.

• Construir canais de diálogo com o setor produtivo.

• Promover o intercâmbio de experiências entre os municípios acerca das questões ambientais.



Tentem se inscrever ainda, já ouvi falar que vale a pena estar lá.
Eu estarei!
Abs

terça-feira, 16 de março de 2010

Caminhada Ecológica




Fotos: Roni Gomes


Para galera da UVA e os demais que estiverem afim de um programa mais natureba no fim de semana; Vai rolar uma caminhada ecológica no Parque do Grajaú (Reserva Florestal do Grajaú (Decreto n.º 1.921 de 22/06/78) )

Data: 27/03
Horário: 9:30h na entrada do Parque


Informações sobre a Reserva Florestal Do Grajaú

A Reserva Florestal do Grajaú foi criada por meio do Decreto Estadual nº 1.921, de 22 de junho de 1978, atendendo a uma reivindicação dos moradores do bairro e da Sociedade dos Amigos da Reserva do Grajaú. Sua denominação foi alterada para Parque Estadual do Grajaú através do Decreto Estadual nº 32.017, de 15 de outubro de 2002, em atendimento ao artigo 55 da Lei Federal nº 9.985/00, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).

A área, de aproximadamente 55 hectares (0,55 quilômetro quadrado), era de propriedade de uma companhia imobiliária até 1975, quando foi transferida para o Estado em pagamento de dívidas da empresa com o governo Estadual. Mais tarde, com a ocorrência de graves deslizamentos de terra provocados pelas chuvas de 1966 e a desocupação da encosta, foi dado início ao reflorestamento da área que, no entanto, não foi bem sucedido, havendo ainda extensos trechos infestados pelo capim-colonião (Panicum maximum).

A cobertura florestal mais significativa se restringe ao trecho inferior do vale do Rio dos Urubus, e lá são encontradas muitas espécies exóticas convivendo com as nativas. As espécies nativas mais comuns são figueira, embaúba, carrapateira, ipê-amarelo, cedro-branco e pau-d’alho. No interior da mata podem-se ver, facilmente, orquídea, jurubeba e caiapiá, esta uma espécie ameaçada de extinção. É digno de nota, ainda, a vegetação rupícola, composta predominantemente por orquídeas e bromélias muito resistentes ao calor.
A fauna, apesar de bastante reduzida, devido à perda de cobertura vegetal, ainda apresenta importantes espécies, como cachorro-do-mato, preá-do-mato e mico-estrela, entre outros. As aves mais encontradas na região são saíra-azul, saíra-amarela, juriti, beija-flor (Amazilia fimbriata e Eupetomena macroura), urubu-caçador, gavião-carijó e tiribas, ameaçadas de extinção, dentre outras.

Fonte: IEF - Fundação Instituto Estadual de Florestas


Para quem não sabe, o endereço do Parque é Rua Comendador Martinelli, nº 742, Grajaú, Rio de Janeiro/RJ
CEP: 20561-060
Telefone: (21) 2576-4296


Desde Janeiro/2007, o Parque Estadual do Grajaú está sob regime de gestão compartilhada com a Prefeitura do Rio de Janeiro.

Um dos vários...

Encontrei este conceito de EA hoje, achei bem resumido e objetivo.

“Processo em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem adequada, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento das questões ambientais e sociais. Desenvolve-se num contexto de complexidade, procurando trabalhar não apenas a mudança cultural, mas também a transformação social, assumindo a crise ambiental como uma questão ética e política."

De: Patrícia Mousinho. Glossário. In: Trigueiro, A. (Coord.) Meio ambiente no século 21.
Rio de Janeiro: Sextante. 2003

Princípios da EA

PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS E RESPONSABILIDADE GLOBAL

1. A educação é um direito de todos; somos todos aprendizes e educadores.

2. A educação ambiental deve ter como base o pensamento crítico e inovador, em qualquer tempo ou lugar, em seus modos formal, não formal e informal, promovendo a transformação e a construção da sociedade.

3. A educação ambiental é individual e coletiva. Tem o propósito de formar cidadãos com consciência local e planetária, que respeitem a autodeterminação dos povos e a soberania das nações.

4. A educação ambiental não é neutra, mas ideológica. É um ato político, baseado em valores para a transformação social.

5. A educação ambiental deve envolver uma perspectiva holística, enfocando a relação entre o ser humano, a natureza e o universo de forma interdisciplinar.

6. A educação ambiental deve estimular a solidariedade, a igualdade e o respeito aos direitos humanos, valendo-se de estratégias democráticas e interação entre as culturas.

7. A educação ambiental deve tratar as questões globais críticas, suas causas e interrelações em uma perspectiva sistêmica, em seu contexto social e histórico. Aspectos primordiais relacionados ao desenvolvimento e ao meio ambiente, tais como população, saúde, paz, direitos humanos, democracia, fome, degradação da flora e fauna, devem ser abordados dessa maneira.

8. A educação ambiental deve facilitar a cooperação mútua e eqüitativa nos processos de decisão, em todos os níveis e etapas.

9. A educação ambiental deve recuperar, reconhecer, respeitar, refletir e utilizar a história indígena e culturas locais, assim como promover a diversidade cultural, lingüística e ecológica. Isto implica uma revisão da história dos povos nativos para modificar os enfoques etnocêntricos, até de estimular a educação bilíngüe.

10. A educação ambiental deve estimular e potencializar o poder das diversas populações, promover oportunidades para as mudanças democráticas de base que estimulem os setores populares da sociedade. Isto implica que as comunidades devem retomar a condução de seus próprios destinos.

11. A educação ambiental valoriza as diferentes formas de conhecimento. Este é diversificado, acumulado e produzido socialmente, não devendo ser patenteado ou monopolizado.

12. A educação ambiental deve ser planejada para capacitar as pessoas a trabalharem conflitos de maneira justa e humana.

13. A educação ambiental deve promover a cooperação e o diálogo entre indivíduos e instituições, com a finalidade de criar novos modos de vida, baseados em atender às necessidades básicas de todos, sem distinções étnicas, físicas, de gênero, idade, religião, classe ou mentais.

14. A educação ambiental requer a democratização dos meios de comunicação de massa e seu comprometimento com os interesses de todos os setores da sociedade. A comunicação é um direito inalienável e os meios de comunicação de massa devem ser transformados em um canal privilegiado de educação, não somente disseminando informações em bases igualitárias, mas também promovendo intercâmbio de experiências, métodos e valores.

15. A educação ambiental deve integrar conhecimentos, aptidões, valores, atitudes e ações. Deve converter cada oportunidade em experiências educativas de sociedades sustentáveis.

16. A educação ambiental deve ajudar a desenvolver uma consciência ética sobre todas as formas de vida com as quais compartilhamos este planeta, respeitar seus ciclos vitais e impor limites à exploração dessas formas de vida pelos seres humanos.”



Fonte: Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilaidade Global

Educação Ambiental

Nos últimos três séculos houve um grande crescimento do conhecimento humano, proporcionando um amplo desenvolvimento das ciências e da tecnologia. Ao mesmo tempo também ocorreram mudanças nos valores e modos de vida da sociedade, com o surgimento do processo industrial e o crescimento das cidades, aumentando a utilização dos recursos naturais e a produção de resíduos. Enfim, todos esses fatos geraram profundas mudanças na cultura, afetando principalmente a percepção do ambiente pelos seres humanos, que passaram a vê-lo como um objeto de uso para atender suas vontades, sem se preocupar em estabelecer limites e critérios apropriados.

Não demorou muito para surgirem as conseqüências dessa cultura moderna: o surgimento de problemas ambientais que afetam a qualidade de vida. Em pouco tempo ficou claro que havia uma crise de relações entre sociedade e meio ambiente.

A preocupação com essa situação fez com que surgisse a mobilização da sociedade, exigindo soluções e mudanças. Na década de 60, do séc. XX, a partir dos movimentos contraculturais, surgiu o movimento ecológico que trazia como uma de suas propostas a difusão da educação ambiental como ferramenta de mudanças nas relações do homem com o ambiente.

A Educação Ambiental (EA) surge como resposta à preocupação da sociedade com o futuro da vida.

Sua proposta principal é a de superar a dicotomia entre natureza e sociedade, através da formação de uma atitude ecológica nas pessoas. Um dos seus fundamentos é a visão socioambiental, que afirma que o meio ambiente é um espaço de relações, é um campo de interações culturais, sociais e naturais (a dimensão física e biológica dos processos vitais). Ressalte-se que, de acordo com essa visão, nem sempre as interações humanas com a natureza são daninhas, porque existe um co-pertencimento, uma coevolução entre o homem e seu meio. Coevolução é a idéia de que a evolução é fruto das interações entre a natureza e as diferentes espécies, e a humanidade também faz parte desse processo.

O processo educativo proposto pela EA objetiva a formação de sujeitos capazes de compreender o mundo e agir nele de forma crítica - consciente. Sua meta é a formação de sujeitos ecológicos.

“A EA fomenta sensibilidades afetivas e capacidades cognitivas para uma leitura do mundo do ponto de vista ambiental. Dessa forma, estabelece-se como mediação para múltiplas compreensões da experiência do indivíduo e dos coletivos sociais em suas relações com o ambiente. Esse processo de aprendizagem, por via dessa perspectiva de leitura, dá-se particularmente pela ação do educador como intérprete dos nexos entre sociedade e ambiente e da EA como mediadora na construção social de novas sensibilidades e posturas éticas diante do mundo.” (Carvalho, Isabel C. M. Educação Ambiental: A Formação do Sujeito Ecológico)


Fonte: http://pga.pgr.mpf.gov.br/pga/educacao